Capítulo 21
“Isso não importa! Eu estou vivo e bem. Então temos que salvar Zea!”
Eu levantei e deixei o chá de lado.
“Se acalma. Eu sei onde ela tá, enquanto a Princesa estiver com ela, saberemos. E você tem razão, temos que salvá-la. Mas não podemos ir de qualquer jeito. Temos que nos preparar.”
Ele se levantou e foi em direção a uma pilha de caixas que Zea e ele tinham colocado no canto da minha sala pequena. Ele puxou a primeira e abriu-a em cima do sofá.
Várias armas pequenas estavam dentro da caixa. Todas do tamanho de uma pistola comum, mas nenhuma se parecia nem um pouco com as que eu estava acostumado.
Tinha uma prateada com o cano que alargava. Outra que parecia uma pistolinha de água. E ainda uma que eu não tinha certeza se era sólida.
“Pode escolher qualquer uma. A maioria deve servir bem.”
Peguei uma cinza comum.
“Essa faz o quê?”
“Hummm… Essa é uma arma de impacto por radiação. Tem os mesmo princípios que um laser, mas amplo. É bom pra manter inimigos afastados. Mas se você adicionar isso aqui…”
Jan se levantou e abriu outra caixa e colocou no chão. De dentro dela ele tirou um objeto com forma de cone e encaixou no cano na arma.
“Todo o impacto vai se concentrar e você fica com um laser de impacto. Pode passar por pele e causa muita dor.”
“Então… Isso é um funil de laser?”
“Hahaha! É basicamente um funil. Mas ele serve pra qualquer arma aqui.”
Jan se levantou e continuou abrindo caixas e tirando coisas de dentro.
“E essa aqui?” Eu perguntei pegando a arma que parecia uma pistola d’água de criança.
“Essa lança um ácido e uma gosma. Cada um por um gatilho. Um serve pra queimar o inimigo e a outra pra prendê-lo. Na verdade, não é uma arma tão útil assim.”
Não adianta. Eu não acho que vou ser de muita utilidade sem entender nada dessas armas. Eles deveriam ter me preparado antes já que todo mundo sabia que aquele sapo nojento tinha prometido me matar. Agora Zea está com ele e eu nem sei que arma devo escolher…
Abaixei perto da outra caixa e olhei o que tinha dentro. Mais um monte de coisas complicadas e eu não reconheci nenhuma. Tirei uma luva engraçada de dentro de uma caixa. Ela tinha uma sensação fria e áspera na pele e tinha um laço onde a mão entrava. Não era de nenhum material que eu conhecesse.
Calcei a luva na mão esquerda e amarrei o laço. Uma pequena tela apareceu na luva mostrando as costas de Jan.
AAAANNNHH?! BLIZZZZ!
“Ai! Essa luva pervertida tá filmando você, me deu um choque e agora não quer sair!”
Jan olhou pra mim e gargalhou.
“Hahaha! Você não deveria colocar a mão em qualquer coisa que você acha por aqui, pode ser perigoso. Mas isso é uma luva de mira. Ela controla os nervos da sua mão e vai se adaptar à arma que você estiver usando, então, sempre estará mirando na cabeça do seu inimigo, desde que a direção geral da mão esteja certa.”
“Mas como tira?!”
“É só puxar o laço que você amarrou…”
Burro… Eu nem pensei nisso.
Pelo menos, agora eu sei que não preciso mirar uma arma que eu nem sei como funciona de verdade. Agora, é só apertar o gatilho.
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