Capítulo 17
“Minhas moedas continuam desaparecendo”
Estávamos no caixa da padaria e eu, mais uma vez, não conseguia achar minhas moedas. Elas nunca ficavam no meu bolso por muito tempo. Todo mundo já perdeu moedas, mas isso já estava ficando ridículo.
“Eu pago. Não se preocupe.” Jan disse tirando a carteira do bolso.
Em alguns minutos estávamos na rua de novo. Um gramado com muitas flores ao lado do caminho em que estávamos andando.
“Eu realmente não entendo. Eu tenho certeza que coloquei minhas moedas nesse bolso.”
Eu falei com meio pão de queijo na boca.
“O tigre.” Zea disse mastigando.
“Tigre?!”
“Ele come metais. Ele deve ter comido achando que você colocou lá pra ele. Já que ele só vive ali.” Jan disse despreocupado.
Ahh! O mini-tigre! Ele come metais?!
“O quê?! E vocês se esqueceram de comentar?”
Tinham se passado vários dias desde que eles haviam entrado na minha vida. Eu já estava acostumado a andar com eles pra todo lugar. Era sábado, e estávamos indo ao Jardim Botânico passear e deixar os nossos bichinhos se divertirem um pouco, ou o mais próximo disso que inteligências artificiais podem fazer.
“Você não perguntou.” Zea estava comendo um croissant de chocolate que estava por todo o seu rosto. “O que você tem dado pra ele comer?”
“Ele nunca come nada do que eu dou pra ele.” Eu respondi entregando um guardanapo a ela. “Então eu deixo algumas coisas num pires às vezes, eu estava ficando preocupado porque ele nunca toca em nada. Mas ele era uma bolinha verde, então talvez ele não comesse, né?”
“Ele não tem um sistema digestivo propriamente dito, na verdade. Mas ele consome metais pra aumentar o tamanho e poder das transformações. Eles podem se transformar em vários tipos de armas dependendo da qualidade dos materiais que consomem.”
O pequeno Phillip estava mordendo um pequeno clip de papel na mão de Jan enquanto ele falava. Ele ficava em sua forma de gato laranja quando seu humor estava estável.
“Hummm… Talvez seja por isso que tem tantas coisas lá em casa tem sumido… Todos os meus colecionáveis de figuras de ação desapareceram.”
CHOUGH!
Zea tossiu e ficou completamente vermelha quando eu disse isso.
“Rhuummmm… É… Talvez seja isso…” Ela comentou com a voz trêmula.
“Haaahahaha!” Jan gargalhou “E vão sempre desaparecer, parceiro, enquanto Zea for sua…”
VUUSSH!
E então tinha um gatinho cinza na boca de Jan.
“Cala a boca, Jan!”
Zea tinha uma expressão macabra e uma fumaça escura estava saindo dela. Fumaça? Talvez isso seja aquela aura que Jan tinha falado, porque tinham garras saindo das mãos dela.
Hiiii… Acho que vai fazer bem pedir pra ela não fazer isso no meio da rua.
“Cough! Cough! Não precisa jogar ela assim! É só falar que eu fico calado.”
Jan resmungou com a língua arranhada.
“Mas eu mandei você calar a boca.” Ela retorquiu.
“Eu quis dizer antes de arremessar o gato!”
“HUNF! Me dá a Princesa aqui!”
Coooff! Minha vez de tossir.
“Princesa?”
“Você tem alguma coisa contra?!”
Realmente é melhor não brincar…
“N-não! Eu só achei um pouco… normal.”
“Não tem nada de normal numa princesa! Ela é realeza, e está destinada a um príncipe cheio de amor e força.” Os olhos dela brilharam um pouquinho. As vezes a garotinha nela aparece de um jeito tão bonitinho!
Estávamos passando pela entrada do Jardim Botânico.
Eu adoro esse lugar. É calmo, silencioso, bonito, cheiroso e o melhor, é completamente preenchido de paz em todas as direções.
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